VÍDEOS

quinta-feira, 9 de março de 2023

NIKOLAS FERREIRA deu exemplo de como um homem pode usar de má fé por se sentir mulher por um tempo

Por: Claudia Souza



Será que essa busca incessante por atenção e discussão poderá fazer mais uma possível vítima do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, por defender as mulheres cisgênero?


O acusado de transfobia da vez foi o Deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que aparentemente se sentiu uma mulher chamada "Deputada Nikole" no dia de ontem (08 de Março, Dia Internacional da Mulher), e saiu em defesa do cisgênero feminino, demonstrando que qualquer homem poderá se sentir uma mulher,  em qualquer dia para entrar no banheiro feminino com segundas intenções. 

Será que ele pensou em como isso afetaria a comunidade LGBTQIA+ e a luta pela igualdade de gênero? ou melhor, será que ele refletiu sobre as consequências da sua atitude enquanto parlamentar?

Talvez ele pensou que não afetaria um grupo, assim como os que defendem a igualdade entre homens e mulheres trans, poderiam afetar a comunidade das mulheres cisgênero, se bem, que o que a maioria de nós pensa "não interessa ao sistema atual".

Essa é uma pauta sem limites para os curiosos e oportunistas de plantão. Há quem sinta uma necessidade incontrolável de se intrometer na vida alheia, seja por meio de invasão de privacidade ou até mesmo por um desejo doentio de se passar por outra pessoa.

Além disso, não há nada mais patético do que usar a identidade de gênero como uma desculpa para tentar justificar atitudes invasivas e ofensivas. A luta pela igualdade de gênero não deve ser usada como uma arma para atacar outras pessoas ou para obter vantagens incompatíveis.

Assim como Nikolas Ferreira se fez passar pela "Deputada Nikole" com a desculpa de se "sentir" mulher, futuramente outros homens poderão adotar o mesmo comportamento ou argumento para se defenderem na utilização de banheiros públicos por quaisquer razões que não sejam de caráter fisiológico.

A desculpa da identidade de gênero poderia ser utilizada com segundas intenções de indivíduos mal-intencionados que querem se aproveitar da situação para invadir espaços privados?

Além disso, essa desculpa pode ser usada para fins de ganho pessoal ou mesmo para se livrar de punições, conseguir pontos e favorecimentos em cotas, concursos e avaliações, por exemplo. Um (a) funcionário (a) poderia alegar ser uma pessoa trans para justificar o uso do banheiro correspondente ao gênero de sua escolha, quando na verdade estaria cometendo uma infração ou violando as regras do local, etc...  É importante lembrar que os banheiros públicos foram criados para atender às necessidades das pessoas de forma segura e confortável, seguindo uma identidade cisgênero, ou seja, masculino e feminino.

A inclusão é fundamental em nossa sociedade e devemos respeitar a diferença de todos, porém sabemos que na prática, não é assim que funciona. 

As lutas pelos direitos das minorias sempre foram importantes para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. No entanto, existem indivíduos oportunistas que se aproveitam dessas lutas para levar vantagens irreconciliáveis. Infelizmente, a identidade de gênero não está imune a essa prática.

É importante lembrar que a identidade de gênero é uma questão complexa e sensível, que afeta profundamente a vida de muitas pessoas. Portanto, é fundamental acompanhar a escolha de cada indivíduo e lutar contra qualquer forma de percepção ou preconceito, mas prezar pela total segurança. No entanto, também é preciso estar atento a possíveis abusos e fraudes, que prejudicam não apenas as pessoas diretamente envolvidas, mas também a imagem e a confiança das lutas pelos direitos das minorias.

O Deputado Nikolas Ferreira também citou a participação de transgênero em concursos de beleza e nos esportes. Algumas pessoas argumentam que mulheres transgênero não deveriam competir em concursos de beleza feminina, uma vez que elas não possuem a mesma estrutura física e biológica das mulheres cisgênero. Essa argumentação se baseia em aspectos biológicos, como a presença de testosterona no corpo de mulheres transgênero que passaram pela transição hormonal. Sendo assim, os concursos de beleza femininos não deixariam de cumprir o seu objetivo que é salientar a beleza natural de uma fêmea? afinal o transgênero é um indivíduo cuja beleza plástica foi modificada através de processos cirúrgicos e de hormonioterapias ao longo da sua transição e não é um resultado natural de sua concepção genética.

Por outro lado, há quem defenda que o gênero é uma construção social e que a identidade de gênero deve ser respeitada. Nesse sentido, mulheres transgênero deveriam ter o direito de participar de concursos de beleza feminina, uma vez que se identificam como mulheres, mas o fato é que geneticamente não são.

O debate sobre a identidade de gênero nos concursos de beleza ainda é bastante complexo e envolve questões éticas, culturais e legais. É importante que sejam criadas regras claras e justas para a participação de mulheres transgênero em concursos de beleza feminina e nos esportes, de forma a garantir a inclusão e a representatividade sem prejudicar a competição justa.

Como nos casos dos banheiros citados anteriormente por Nikolas Ferreira, assim como o Estado e a Justiça devem garantir os direitos a utilização de banheiros por pessoas trans, também tem o dever de garantir a devida segurança e justiça para meninas e mulheres que poderão correr riscos de serem abordadas por homens geneticamente mais fortes,  que eventualmente possam se sentir mulheres por alguns minutos e adentrarem os banheiros e a intimidade feminina com segundas intenções.

A desigualdade entre pessoas cisgênero e trans nos esportes é uma outra questão complexa e que exige um equilíbrio entre a inclusão e a justiça competitiva. É importante que as políticas adotadas sejam baseadas em evidências científicas e que considerem as particularidades de cada pessoa. O importante é garantir que todas as pessoas tenham a oportunidade de praticar esportes e competir em igualdade de condições, porém, quando se trata de competições esportivas de alto nível, as diferenças fisiológicas entre pessoas cisgênero e trans podem ter um impacto significativo no desempenho. Por exemplo, pessoas trans que passaram pela terapia hormonal ainda podem ter algumas vantagens, como uma maior massa muscular ou uma maior capacidade respiratória em comparação com pessoas cisgênero. Essas vantagens podem fazer com que o desempenho atlético das pessoas trans seja superior em relação aos competidores cisgênero.

Nós nos entendemos mal, nós adoramos uma história sensacionalista, tanto quanto qualquer um, mas precisamos deixar claro que esse tipo de comportamento é totalmente inaceitável. Não importa o quão "divertido" possa parecer para alguns indivíduos, mas a invasão de privacidade e a falta de respeito pelos outros não deveria ter lugar na nossa sociedade. Embora Nikolas Ferreira se utilizou de uma encenação impetuosa de homens da sua idade, talvez pelo bem dos grupos de direita, ele deveria conter um pouco mais os seus ímpetos e agir com mais seriedade, pois o momento de exceção pelo qual passa o Brasil, está ansioso para punir, prender e calar todos os indivíduos que ousem se manifestarem contra quaisquer pautas esquerdistas. Nesse caso, o Brasil tem muito a perder caso as peças do jogo de xadrez comecem a cair por conta de atitudes impensadas. 

Uma questão ficou clara com a atitude do deputado: É  possível se fazer passar por uma outra identidade de gênero para levar vantagens, nem que seja num discurso em que não for a sua vez. 



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